28 de jan. de 2010

En la lucha de clases

todas las armas son buenas:

piedras

noches

poemas


Paulo Leminski

26 de jan. de 2010

Correspondência Poética



Michelle Correa trouxe para a caminhada a Correspondência Poética. A proposta é trazer o lúdico para o cotidiano, abrir os poros fechados pela fumaça.

Em Bertioga, houve oficina de Correspondência Poética.

Fotos por Michele Torinelli

Para quem?

Casa de Cultura de Paraty, eu e os funcionários

Nos quadros que retratam a colonização,
somente nomes de pintores europeus

"Engraçado que é sempre os outros que contam a nossa história", desabafei

... silêncio ...

"Não tem arte indígena?"

"Ahn?"

"Arte indígena."

"O quê??"

"A-r-t-e i-n-d-í-g-e-n-a!"

"Acho que tem uma peça de artesanato lá em cima.
Mas foram os espertos que contaram a história.
Os índios não tinham papel e pincel."



Artesanato indígena
no chão das ruas

Arte branca
em galerias e museus

Pedras, igrejas
e casarões coloniais
Macaquinhos pulando
sobre telhados e quintais

Montanhas de Mata Atlântica,
porto e cachoeira
Paraty, mas não para aqueles
de pele amarela e negra

Paraty, gringo
Paraty, elite branca

Paraty

mas não para nós


Por Michele Torinelli

16 de jan. de 2010

Balão.

Vai balão. Voa alto.
Deixa pra trás o chão
Vagando por mil lugares
Sobre terras, sobre mares.
Vai, pois tu podes e eu não.

Vai. Destinado. Soberano.
Sob o céu, sobre o oceano.
Voa alto, deixa pra trás o chão.
Vai, pois tu podes e eu não.

Siga firme, oh! Rei das alturas.
E por onde passares, assimile as culturas
Pois quando voltares cheio de saber
Estarei pronto
Para contigo aprender.

Vai, mas volte, meu amigo
Pois quem vai, um dia vem.
Se voltares acredito
Que tu podes e eu também.

Serginho Poeta.
Poema do Livro
Donde Miras - Dois Poetas e um Caminho.





Pira I

Chuva poética no sarau de Maresias.

Pira de Michele Torinelli

Pira II

Mi e Zinho no caminho de Maresias a Boiçucanga.

Pira de Michele Torinelli

15 de jan. de 2010

haiti


por gabí pumtel



em francês Haïti
no crioulo haitiano Ayiti,
no português: precisa de ajuda



"Todos aquellos que tengan algo que dar, incluso si solo cuentan con sus palabras de consuelo, por favor mandarlas a Haiti"...

"Los bloggers alternativos queremos ayudar de alguna manera a los haitianos en estos momentos dificiles. ¿Qué podemos hacer?" segundo @yoanisanchez


De 40.000 a 50.000 pessoas podem ter morrido, de acordo com uma estimativa da Federação Internacional da Cruz Vermelha.

"Nas últimas horas, 7.000 pessoas foram enterradas", declarou na quinta-feira à noite o primeiro-ministro peruano Velasquez Quesquen do aeroporto de Porto Príncipe, de onde coordena a ajuda de seu país, após ter se reunido com o presidente haitiano René Préval.

Os corpos permanecem espalhados pelas ruas. "Passamos o dia recolhendo corpos. Há tantos corpos nas ruas que os necrotérios estão lotados, os cemitérios estão lotados", disse o cantor americano-haitiano Wyclef Jean, que foi ajudar seus compatriotas.

tirado daqui


para colaborar:

Embaixada do Haiti no Brasil
Banco do Brasil
Agência 1606-3
Conta corrente 91.000-7
CNPJ 04170237/0001-71

Cruz Vermelha
HSBC
Agência 1276
Conta corrente 14526-84
CNPJ é 04359688/0001-51

Viva Rio
Banco do Brasil
Agência 1769-8
Conta corrente 5113-6
CNPJ 00343941/0001-28

Care Internacional Brasil
Banco Real-Santander
Agência 0373
Conta corrente 5756365-0
CNPJ 04180646/0001-59

Pastoral da Criança
HSBC
Agência 0058
Conta Corrente 12.345-53
CNPJ 00.975.471/0001-15

14 de jan. de 2010

Sarau hoje em Caraguatatuba

O sarau de hoje, 14 de janeiro, acontecerá a partir das 20h na praça Cândido Mota, em Caraguatatuba.

Venha contribuir e trocar!

Traga sua vivência e sua arte!

Poesia, teatro, dança, perfomances,vídeo, música e o que mais a criatividade permitir.


Expedición Donde Miras

A camiñar, mirar y intercambiar

Malabares hermanos

Malabaristas uruguaios no sarau em Maresias.

Por Michele Torinelli




El tango

Os caminhantes argentinos Ana e Checho em sua poética intervenção no sarau.

Maresias, janeiro de 2010.

Por Michele Torinelli








Interação

Diversas pessoas participaram no sarau do dia 09, na Praça do Surf em Maresias.

Por Michele Torinelli

Malabaristas uruguaios

Dupla de MPB

Rapper de Diadema

Senhora moradora da regiáo falou da importância de pensarmos no ambiente e na sustentabilidade

Rodrigo, de Santo André, já havia participado do sarau em Boiçucanga e somou-se a nós também em Maresias, tocando inclusive composições próprias

12 de jan. de 2010

Sarau em Maresias


Binho no sarau na Praça do Surf, em Maresias.


Perfil de Jesus.


Trampos de Raíssa e músicos caminhantes.




Bandeiras Donde Miras.


Coco.


A roda.


Por Michele Torinelli

A passos largos

Faz mais de quinze dias que saímos de Santos. Podiam ser trinta, quinhentos ou 20347 dias passados. O tempo Donde Miras é outro, não se mede em calendários ou relógios. Estamos há muito tempo caminhado? Pouco? Quantos quilometros andamos? Quantas reflexões surgiram? Quantas ideais se derreteram e se metamorfosearam? O olhar vai além e não se prende a números e convenções.

Poetas, palhaços, espanhóis, músicos, argentinos, atores, a cambada da Zona Sul e até uma menina do sul que não hesita em vir a cada caminhada. Somos um, mas somos tão diversos. “Na poesia e na pura ritmia, a família é Donde Miras e o que eu quero é andar”, rimou Zinho.

O território percorrido é a cultura e o litoral norte de São Paulo. É alta temporada e o turismo não dá sossego. Do coração da metrópole, as veias asfaltadas espalham a degradação de um sistema – mesmo no seu período de descanso, os turistas carregam consigo seus hábitos e uma ânsia de extravasar toda a repressão de um ano inteiro. Na virada do ano, em Bertioga, o clima era tenso, mesmo em plena festa. Alegria violenta e artificial. Vida violenta e artificial. Os fogos e os sonhos são de artifício – um pequeno encanto fugaz.

Vamos caminhando debaixo do sol de escaldar do nosso Brasil, molhando o pé nesse marzão de deus, bebendo das fontes exuberantes, pisando, rimando e mirando. Os mosquitos não perdoam nossas peles macias. O verde abraça a beira das estradas, e os carros se movem, dirigindo-se aos residenciais de luxo do litoral norte paulista. Ilhas de conforto forjadas para simular um mundo que não existe, construído sobre a miséria das vilas e favelas. Na verdade, não existem dois mundos. São extremos de uma mesma realidade desigual.

Este solo é rico – boa parte do pouco que sobrou da Mata Atlântica brasileira encontra-se nesse trecho. Contudo, há outras riquezas em cheque. Essa é a região do Pré-Sal. Em São Sebastião, onde estamos agora, a Petrobrás impera. Em todos os lados há reservatórios de petróleo, centrais e cartazes publicitários da empresa. Grande parte da população depende diretamente dela. A pretensão é ampliar o porto da cidade – mais pessoas virão para trabalhar nessa obra. E a estrutura da cidade, irá acompanhar o crescimento? Haverá moradia, educação, sistema de saúde, cultura e alimentação para todos? E o ambiente, esse resquício de Mata Atlântica que ainda não destruímos? Iremos passar por cima dele com nossos rolos de concreto também?

Tivemos esse debate ontem, quando Soraia, amiga do Binho que trabalha com Biodança, veio fazer uma vivência conosco. Sua amiga Malu a acompanhou. Ela mora na região há sete anos e nos contou um pouco da conjuntura local. Esse debate, assim como aquele que tivemos sobre o Pré-Sal em Santos, nos leva a pensar que há muito o que mudar. Nossos hábitos estão distorcidos, nossas relações muitas vezes se dão de maneira equivocada. Enquanto o objetivo de nossa sociedade for individual e monetário, de pouco servirão mudanças. Por isso nossa caminhada procura desenvolver novos olhares. Afinal o que queremos? Onde almejamos chegar? Preparemos nossas setas, mas antes definemos o alvo.

Por Michele Torinelli

Mamãe Oxúm

Cachoeiras do litoral paulista. As duas primeiras imagens são de Maresias. As restantes são da aldeia guarani pela qual passamos.
Por Michele Torinelli













Morte e fé

Chegando a Maresias, templos de fé e morte. O cemitério da cidade e a capela de São Sebastião.

Por Michele Torinelli









Pé com pé

Fotos tiradas em janeiro de 2010, no trecho da Expedición Donde Miras de Santos a Paraty. As quatro primeiras fotos são referentes à caminhada de Boiçucanga a Maresias, e a última de Maresias ao centro de São Sebastião.

Por Michele Torinelli










10 de jan. de 2010

II vídeo Donde Miras Santos Paraty

Assistam ao novo vídeo da Caminhada Cultural Donde Miras, trecho de Santos à Guarujá, dia 30 de dezembro:



Ontem a chuva não nos impediu de fazer o sarau na Praça do Surf aqui em Maresias, tivemos participações diversas dos turistas de vários lugares do Brasil e do mundo com malabares, sambas, raps e poesias.

Agora estamos prestes a começar a caminhada de Maresias à São Sebastião, serão 30km com algumas subidas e descidas, o sol está forte e tem vento, a maioria das barracas já está desmontada, restam poucas dos últimos a acordar, hoje a caminhada será longa!

Amanhã faremos o sarau às 20h na praça que fica em frente à Secretaria de Cultura e Turismo em São Sebastião.

Vamos zarpaaaaar... ;)

9 de jan. de 2010

Apocalipse: não!

Bate papo sobre Pré-Sal – Comentários, por Tânia Villarroel


Um dos desejos de muitos dos caminhantes quando saímos de São Paulo para Santos era discutir, problematizar, debater e, principalmente, descobrir como as questões do “Pré-Sal” estavam repercutindo nas comunidades por onde iríamos passar.

Como poderíamos nos informar melhor sobre as consequências desse recurso no cotidiano das pessoas, quais eram suas expectativas e informações sobre a questão e que soluções coletivas poderíamos gerar desse nosso encontro com a população.

Sonhamos com isso...

Quanto dessa reserva poderia corresponder ao direito assegurado de cada brasileiro?

Mas, parece que quando informações chegam a comunidade, ou seja, nós, as grandes decisões de nosso interesse já foram tomadas.

Isso procede como uma observação, já que eu, pelo menos, ainda não tenho uma solução para a quebra da hierarquia pelo Capitalismo.

Porém, esse bate papo traz a tona mais uma vez a importância de um movimento contrário em busca de um novo sistema que busque energias renováveis e de um resgate cultural respeitando a Natureza e o próprio ser humano.

Afinal, como disse um de nossos palestrantes nos trazendo pura lucidez: “temos que acabar com esse discurso de que temos que salvar o planeta, o que está ameaçado de extinção é a raça humana. O planeta se recupera – pode demorar milhões de anos, mas ele se recupera....” Mas se nem nos mesmos não nos importamos, não é?

Vivemos na era do descartável.
Nosso presente é jogado pela borda...
Nossas relações são mensuradas no prazer do presente.
Não me parece nada mal no sentido de estar no agora, exceto no sentido de impermanência como valor cultural.
Não há nada que permaneça como valor de vínculo mais profundo...
Não há nada que possa sobreviver ao Consumismo...
E nesse sentido é a identidade que está ameaçada.
Identidade do mundo: como partes valorosas que dão vida a um organismo – que um dia poderia respirar sem fronteiras...

Nossos sentimentos dando lugar ao dinheiro.
E quando pensamos em resolver o problema de cada brasileiro nosso com os barris do “Pré-Sal”, será que não estamos criando mais uma fronteira?
Mais um vez estabelecendo uma relação de poder onde nós mandamos mais, então tudo bem...

Pergunta: até quando vamos estabelecer nossas relações pautadas no poder?
Por que parecemos incapazes de que elas se estabeleçam pelo respeito? Pelo amadurecimento do amor? Pela solidariedade?
Utópico para alguns talvez, mas inerente à questão da sobrevivência humana...

A cultura do presente levada a sério a tal ponto, que vivenciamos situações constantes de desrespeito pelo “velho” - toda vez que fazemos uma plástica ou não damos lugar a uma senhora no ônibus porque o cansaço do trabalho nos faz escolher fingir que estamos dormindo.... mas também quando desperdiçamos água porque quando nossos bisnetos vierem não estaremos mais vivos....

Isso é desrespeito próprio.... Será que ninguém enxerga isso?

Se todos agimos assim, perdemos a possibilidade de mensurar até quanto tempo ainda nos resta no planeta Terra... porque somos todos ao mesmo tempo, em qualquer parte alimentando o capitalismo e suas relações insanas e lineares de produção. Tratando o problema como se as soluções fossem infinitas.

Esquecemos que cada cicatriz é uma marca, parte de uma história. Cada ruga, um aprendizado.
E que cada vez que uma criança sorri ou nos faz uma pergunta que não sabemos, ela nos obriga, positivamente, a rever nossos passos – queridos caminhantes do mundo!!!

Se queremos chamar de concessão, partilha – não faz tanta diferença na atual conjuntura mundial.

Se vamos permitir obras de urbanização – canalização de rios, viadutos, entre outros - que as campanhas políticas propõem como solução de progresso, acabando com as possibilidades da Natureza se recuperar para o nosso próprio bem – ainda é uma escolha nossa!

Pré sal, pré água, pré lixo.

Se vamos ou não dividir o último copo d'água do universo ou não...

Se vamos substituir nossas raízes culturais por produtos....
Pessoas que estão no poder – do dinheiro – ainda nos digam quem somos...
Nos ensinem a comprar o vazio da felicidade...

Substituindo nossos sentimentos por xurume...

Ainda é uma escolha nossa ou não?

E a arte ainda é uma possibilidade anestésica ou de resgate cultural e de impermanência e transformação dentro da identidade?



Depois do debate, ainda ganhamos um lindo poema do Flaviano Cardoso:

"Donde Miras"

Eles vieram

Chegaram

De repente

Eram poucos

Diferentes

Mas o que queriam

Era tanto

Que todos ouviram

Com encanto

O que vieram pra dizer?

Falaram sobre a vida

Dos problemas

Das feridas

E nas passadas que eles deram

Dia a dia em cada canto

Já notaram com espanto

Que há tanto pra aprender

Em cada tribo

Em cada vila

Tanta gente nessa trilha

Que ensina com o trabalho

É com o cansaço e a tristeza

Que sua sorte se esvazia

E em cada passo

A cada dia

V a i ju n ta n do algo e s t r a n h o

Eles falam de POESIA!

    Quem são eles?

    Donde eram?

    Pra que raio que vieram?

    A resposta:

    Só depende

    Donde miras?

(escrito no dia 27-12-2009, no bate papo sobre “Pré-sal”)

Donde Miras: precisa-se de intérpretes

Bate-papo sobre o curta “Brazil: precisa-se de um interprete” - Comentários por Tânia Villarroel


Segundo o autor André, o filme foi dividido em partes valorizando o ponto de vista de estrangeiros sobre o brasileiro – por isso Brasil com “z”.
O objetivo era mostrar de alguma forma que identidade, opinião e Cultura são conceitos que dependem de referência.

Donde miras é Brasil ou Brazil?
Quanto mais pontos de vista eu conheço, mas posso respeitar a diversidade e formar uma própria opinião.

Eu sou o que eu acho que sou mais o que pensam de mim. A qualidade de intervenção com o mundo depende do quanto eu comunico do que sou.

A opinião do estrangeiro é reflexo de quanto somos ouvidos ou não e quanto conseguimos firmar nossa identidade.

O que me parece interessante no filme é que ressalta a importância da diferença para identificar nossas características.

Dizem que voltamos mais brasileiros quando temos alguma experiência no exterior. E tenho certeza que isso não é só expressado pelas saudades que temos de comer feijoada ou de ganhar um pronto abraço de quem mal conhecemos. É resultado de todo um gestual, de toda uma maneira de lidar socialmente e de expressar no comportamento de cada um de nós.

Feliz escolha! Quando chamamos alguém que não faz parte do processo para opinar – os estrangeiros, pedimos para que se fale sobre o que salta aos olhos e nós – parte do processo – não conseguimos enxergar.

Numa das entrevistas, é revelado que a bandeira do Brasil reflete um pessimismo. Quando na faixa da bandeira do Brasil as palavras são colocadas em imagem decrescente, expressa-se uma opinião descendente sobre o progresso. E mais ainda, se antes era “Amor, ordem e progresso”, eu me pergunto: o que aconteceu com o amor?

Me faz pensar que a idiossincrasia do Brasil passa pela construção da afetividade.
Como falar de raízes, quando parte da sua construção passa pelo papel do mulato? O que isso implica de fato?
Se o Brasil foi um país escravocrata e o senhor, por vezes envolveu-se de alguma forma com a mulher do escravo que era negra, tendo um filho mulato, como fica a construção social do negro que era seu marido?
E como essa mulher negra poderia futuramente saciar as inquietações desse filho mulato sobre seu passado familiar, sua raízes e seu posicionamento perante o mundo?

O bate papo passou por questões de poder como essa. Debateu questões de gênero também – o quanto o brasil e o mundo são machistas - mas não aprofundou questões estéticas do filme.

A obra pertence ao autor só até o momento que ele a divide com o público e, arrisco-me a dizer que tão importante quanto a obra pode ser o que ela provoca. Afinal, se ela não fosse provocativa, não geraria nenhum movimento.

Fica a pergunta: de onde estamos, conseguimos realmente nos ver? Nos olhar com afeto? E nos escutar? Conseguimos?
Como contribuímos que relações culturais autoritárias permaneçam no dia a dia?

Quanto nossos preconceitos nos impedem de trocar experiências?
E de nos defender?
(Talvez preconceitos sejam necessários para que possamos fazer questão de nos relacionar com o outro, criando possibilidades que ele nos provoque e nos afete, verdadeiramente)
E de nos adaptarmos?
Escolha a parte em você que quer se adaptar e estará criando uma identidade...

Pergunta: como sabemos se o objetivo da nossa obra foi “cumprido”: quando alguém diz o que idealizamos na sua realização ou quando as pessoas praticam o que quisemos gerar?

Estética de qualidade gerando reflexão.

Aldeia















Aldeia Rio Silveira, Boracéia (SP). Janeiro de 2010.

Por Michele Torinelli

Estamos em Maresias

Iuhu! 4 km de subida de Boiçucanga até Maresias,

mas depois da subida a chuva nos aliviou o calor e a descida foi deliciosa, foram 8km muito gostosos, estamos numa rua chamada "Forno" na Creche Municipal Gabriel Almeida Lobo, aqui está uma delícia, tem um pátio aberto, parquinho pras crianças, tudo de bom! hoje à noite tem sarau, amanhã andaremos 30km até São Sebastião!

7 de jan. de 2010

Boracéia e Boiçucanga

Saímos do ar um pouquinho, na Aldeia Rio Silveira não funcionou a internet movel.
Saímos de Bertioga, andamos o dia inteiro pela areia, o que é bonito mas não rende muito, 10km andando na areia parecem 20km, andamos 26km e chegamos 23h.

Na aldeia acampamos numa escola afastada do centro da aldeia, visitamos a cachoeira no dia seguinte, pós cachoeira, almoçamos um bagre ensopado, acompanhado de um pirão delicioso, fizemos um sarau onde "Os Irmãos Carozi - Circo Lona Preta" e "Nono, O Palhaço Viajeiro" conseguiram fazer os guarani rirem bastante.

Saímos da aldeia às 10h com um sol bem quente, deixamos aquela montanha pra trás, pegamos a rua de terra e saímos pelo asfalto rumo à Boiçucanga,
chegamos relativamente cedo, perto das 19h e 29km de andança, já na chegada demos uma entrevista da Rádio Costa Sul, ontem fizemos o sarau na praça Por do Sol, uma praça que foi feita pra se ver o por do sol.

O sarau foi maravilhoso, tivemos a participação do Checho com um autêntico tango argentino e a maior ciranda já feita na caminhada, além da "correspondência poética" que também fez os olhos de quem recebia brilharem com a lua. hoje descançamos, pés pra cima, lavar a roupa, cuidar das coisas e andar amanhã 7km pra Maresias

E você, donde miras em 2010?